Violência contra a mulher: o que é, como identificar e o que fazer agora
Você já ouviu falar que a violência contra a mulher vai muito além de agressões físicas? Ela inclui ameaças, controle econômico, humilhações e até violência digital. O primeiro passo é saber reconhecer esses sinais antes que a situação piore.
Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública mostram que, em 2023, mais de 1,3 milhão de mulheres foram vítimas de algum tipo de violência. E, infelizmente, a maioria desses casos não chega à polícia, seja por medo, vergonha ou descrença de que algo será feito.
Tipos mais comuns de violência
Violência física: tapas, socos, empurrões. Se alguém bate ou ameaça usar a força, já vale chamar a polícia.
Violência psicológica: xingamentos, isolamento de amigos e família, controle de decisões. Essas atitudes corroem a autoestima e podem levar a consequências sérias.
Violência sexual: abuso, assédio, estupro. Não importa se ocorre dentro ou fora de casa; é crime e tem punição.
Violência econômica: impedir que a mulher trabalhe, controlar o dinheiro, deixar-a sem recursos para sair da relação abusiva.
Violência digital: mensagens de ódio, perseguição nas redes, divulgação de fotos íntimas sem consentimento. Cada vez mais comum e dolorosa.
O que a lei oferece e como usar
No Brasil, a Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006) garante medidas protetivas como afastamento do agressor, proibição de contato e até prisão preventiva. Além disso, o novo Código Penal tipifica o feminicídio como crime hediondo, com penas mais duras.
Se você ou alguém que conhece está em perigo, ligue imediatamente para 180 (Disque 180) ou procure a delegacia da mulher mais próxima. O atendimento é gratuito, confidencial e pode incluir apoio psicológico e jurídico.
Outra opção são os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e Centros de Atendimento à Mulher (CAM), que oferecem acolhimento, orientação e encaminhamento para abrigos.
Como ajudar quem está sofrendo
Escutar sem julgar faz toda a diferença. Muitas vezes, a vítima tem medo de denunciar porque acha que não será levada a sério. Ofereça seu apoio, ajude a buscar informações e, se possível, acompanhe-a nos procedimentos legais.
Compartilhe números úteis: 180, 100 (em caso de violência doméstica) e o número da Ouvidoria do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos (0800 979 8803). Também é válido indicar aplicativos como “Alô Mulher” e “SOS Mulher”.
Se você tem influência online, use suas redes para divulgar essas informações. Postagens claras e objetivas podem alcançar quem precisa, mas ainda não conhece os recursos disponíveis.
Por fim, lembre‑se de cuidar de si também. Lidar com casos de violência pode ser emocionalmente pesado; buscar apoio profissional ou grupos de apoio pode evitar o esgotamento.
Combater a violência contra a mulher é responsabilidade de todos. Cada denúncia, cada gesto de empatia e cada informação compartilhada ajuda a quebrar o ciclo de abuso. Não espere: se você suspeita de algum caso, aja agora e ajude a transformar a realidade de muitas mulheres.

Grêmio Suspende Auxiliar Alexandre Mendes em Meio a Investigação de Violência Contra Mulher
•21 set 2024
Grêmio suspendeu o assistente técnico Alexandre Mendes devido a uma investigação sobre alegações de violência contra uma mulher. A denúncia gerou uma investigação formal, impulsionada por evidências divulgadas nas redes sociais pela vítima. O clube emitiu um comunicado confirmando a suspensão preventiva de Mendes e destacou sua postura contra a violência de gênero.