Depois de abrir a La Liga 2025/26 com uma vitória por 3 a 0 sobre o Mallorca, o Barcelona volta a campo para tentar manter o embalo fora de casa. Do outro lado, o Levante, recém-promovido, busca os primeiros pontos após sofrer uma derrota dolorida nos acréscimos para o Alavés. É o tipo de jogo que testa a solidez de quem quer brigar no topo e a resiliência de quem precisa se firmar na elite. O duelo Levante x Barcelona acontece neste sábado, 23 de agosto, no estádio Ciutat de València, e terá transmissão no Brasil via streaming.
Serviço: horário, local e onde assistir
Data e horário: sábado, 23/08/2025, às 16h30 (de Brasília). O jogo começa às 21h30 no horário local da Espanha.
Local: Estádio Ciutat de València, em Valência.
Transmissão no Brasil: Disney+ (ao vivo, via streaming).
Contexto: válido pela 2ª rodada da La Liga 2025/26.
Escalações prováveis e como os times chegam
O Barcelona abriu a temporada com autoridade. No 3 a 0 sobre o Mallorca, os gols saíram dos pés de Raphinha, Ferran Torres e Lamine Yamal. O time já mostrou a cara de Hansi Flick: pressão alta, circulação rápida no meio e amplitude pelos lados. Lamine, joia da base e um dos nomes mais comentados da Europa, foi o destaque — agressivo no um contra um, vertical e influente na criação. Pedri e De Jong deram o ritmo no meio, e a linha defensiva com Koundé, Araújo, Cubarsí e Balde manteve a equipe compacta e segura.
Para este jogo, a expectativa é de manutenção da base. Há quem projete Dani Olmo como opção para dar mais controle entrelinhas, mas a ideia central de Flick não muda: intensidade do começo ao fim e um 4-3-3 fluido que vira 2-3-5 na fase ofensiva, com laterais altos e meio-campistas conectando o trio de ataque.
O Levante chega ferido. Perdeu por 2 a 1 para o Alavés levando dois gols nos acréscimos, um baque grande para quem tenta se ajustar à velocidade da primeira divisão. O gol de honra foi de Jeremy Toljan. Julián Calero tem lidado com ausências e, mais urgente, precisa fechar a casinha: o time sofreu nos cruzamentos e nas transições defensivas. Em casa, a tendência é apostar em linhas compactas, tentativa de roubo alto em momentos específicos e transições rápidas com Brugué e Iván Romero atacando espaço.
Veja as prováveis escalações:
- Barcelona (técnico: Hansi Flick): Joan García; Koundé, Araújo, Cubarsí, Balde; De Jong, Pedri, Fermín López; Lamine Yamal, Ferran Torres, Raphinha. Opção: Dani Olmo pode surgir no meio para variar o desenho tático.
- Levante (técnico: Julián Calero): Pablo Campos; Elgezabal, De La Fuente, Jorge Cabello; Toljan, Sergio Lozano, Oriol Rey, Sánchez; Pablo Martínez, Roger Brugué, Iván Romero.
O desenho do jogo deve opor um Barça com posse dominante e muita circulação no terço final contra um Levante que alterna bloco médio e baixo, tentando acelerar quando recuperar a bola. Se o time catalão empurrar a linha rival para dentro da área, cruzamentos rasteiros e infiltrações de segunda linha (Pedri/Fermín) podem desequilibrar. Se o Levante conseguir esticar o campo, especialmente atacando as costas dos laterais, pode incomodar com bolas diretas e segundas bolas.
Duelos para ficar de olho:
- Lamine Yamal vs. lateral-esquerdo do Levante: a leitura do um contra um do jovem ponta exige coberturas perfeitas do zagueiro do lado.
- Araújo e Cubarsí vs. Iván Romero: controle de profundidade e cortes em bolas longas serão chave para evitar transições perigosas.
- De Jong vs. Oriol Rey: a batalha pelo primeiro passe limpo define o ritmo do jogo — quem dita a saída, dita o controle.
- Bolas paradas: o Levante deve explorar escanteios e faltas laterais; o Barça, jogadas ensaiadas curtas para finalizar por dentro.
O momento do Barcelona ajuda. A estreia sólida aumentou a confiança e reforçou a ideia de jogo de Flick. Raphinha e Ferran vivem fase aguda atacando o espaço nas costas da defesa, enquanto Balde empurra a linha rival com velocidade pela esquerda. Se Dani Olmo entrar, há ganho de pausa e combinação curta entre linhas, algo útil para desmontar defesas muito recuadas. Na recomposição, a equipe precisa manter atenção às costas dos laterais e às transições após bola perdida, um ponto que o treinador alemão costuma trabalhar com gatilhos de pressão imediata.
O Levante, por sua vez, necessita de mais solidez na área. Na rodada passada, as brechas nos minutos finais custaram caro. Recuar demais contra um time que circula e troca de corredor com qualidade é convite ao sufoco; por outro lado, pressionar alto sem coordenação abre avenidas para Lamine e Raphinha. A saída equilibrada pode estar em um bloco médio com encaixes claros pelos lados e agressividade na primeira bola longa. Toljan, além da chegada ao gol, pode funcionar como escape pelo corredor.
Para a torcida, a expectativa é de estádio cheio e clima quente — o Ciutat de València costuma empurrar o time, principalmente quando a equipe encontra uma sequência de duelos físicos e segunda bola. O fator emocional de se reerguer depois de uma virada sofrida nos acréscimos também pesa: um bom início de jogo, uma roubada alta ou um contragolpe bem encaixado podem reequilibrar o ambiente rapidamente.
Em termos de tabela, o Barcelona mira consolidar a liderança nas primeiras rodadas — somar fora de casa contra um promovido que joga no limite é parte desse roteiro. Para o Levante, pontuar agora vale mais do que o normal: dá oxigênio, tempo de treino com menos pressão e ajusta confiança num início de campeonato que costuma ser cruel com quem chega da segunda divisão.
No papel, o favoritismo é do Barcelona. Em campo, a execução define tudo: intensidade sem bola, velocidade de circulação e precisão nas áreas. Se o Barça mantiver a pegada da estreia e for eficiente nas primeiras chances, tende a controlar o jogo. Se o Levante resistir no início e explorar as costas dos laterais com coragem, a partida pode ganhar um tom mais nervoso do que muitos imaginam.