Quando Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística recebeu, em , a autorização oficial para abrir um concurso público temporário, 9.580 vagas de nível médio foram anunciadas, despertando interesse em centenas de cidades.
A portaria, publicada no Diário Oficial da União, estabeleceu que a Fundação Getúlio Vargas (FGV) será a banca organizadora, responsável por todo o processo de seleção simplificada.
Nos últimos anos, o IBGE tem ampliado sua força‑trabalho temporária para garantir a atualização contínua dos censos e pesquisas. O último grande impulso veio em 2023, quando 8.141 funcionários foram contratados temporariamente. Agora, a necessidade de coletar dados em 530 municípios – um número recorde para um certame desse porte – justificou a nova chamada.
Além da coleta de informações básicas, a demanda inclui a modernização de bases geográficas, algo que tem impacto direto nas políticas públicas federais.
A escolha da FGV superou duas propostas mais baratas porque atendeu a critérios técnicos como experiência em concursos nacionais com atuação em, no mínimo, 200 municípios.
Em Brasília, associações de servidores temporários comemoraram a novidade, sinalizando que a estabilidade de um ano pode ser um trampolim para carreiras efetivas.
Já o secretário de Planejamento do Ministério da Economia alertou que o prazo para assinatura do contrato entre IBGE e FGV deve ser cumprido até fevereiro de 2026, evitando atrasos que comprometeriam a qualidade das próximas pesquisas.
Com salários que chegam a R$ 4.000, o concurso deve injetar cerca de R$ 38 milhões em salários mensais nas regiões onde as vagas forem preenchidas. Esse fluxo pode gerar efeitos multiplicadores nos pequenos comercios locais, especialmente em municípios menores que recebem poucos investimentos federais.
Além disso, a qualidade dos dados estatísticos será aprimorada, favorecendo a elaboração de políticas de saúde, educação e infraestrutura mais alinhadas à realidade do país.
O edital será publicado em até seis meses após a autorização, o que coloca a data prevista para o segundo semestre de 2025. Os candidatos terão, inicialmente, 30 dias para se inscrever, seguidos de fase de provas objetivas.
Após a seleção, o contrato deverá ser assinado em até seis meses, garantindo que os primeiros grupos de agentes iniciem as atividades ainda em 2025, caso a demanda de campo seja urgente.
Desde a criação do instituto, em 1936, concursos temporários foram usados como ferramenta flexível para atender picos de demanda. O Censo 2010, por exemplo, mobilizou mais de 100 mil trabalhadores temporários. Já em 2024, o IBGE participou do Concurso Público Nacional Unificado (CNU), organizado pela Cesgranrio, oferecendo 895 vagas efetivas.
Essa alternância entre vagas efetivas e temporárias reflete a estratégia do órgão de combinar estabilidade institucional com capacidade de resposta rápida a emergências estatísticas, como a pandemia de Covid‑19.
Os interessados devem ficar atentos aos requisitos de escolaridade – nível médio concluído – e à necessidade de disponibilidade para trabalhar em localidades diferentes, muitas vezes em regiões remotas.
Também é recomendável acompanhar os comunicados da FGV nas redes oficiais, pois informações sobre datas de prova e documentação serão divulgadas lá.
Serão 9.580 vagas no total, sendo 8.480 para Agente de Pesquisas e Mapeamento e 1.100 para Supervisor de Coleta e Qualidade, todas exigindo ensino médio completo.
O certame abrangerá 530 municípios espalhados por todas as regiões do Brasil, incluindo 58 vagas que exigirão inscrição presencial em postos específicos.
Os contratados poderão receber até R$ 4.000 por mês, respeitando o teto legal para cargos temporários no serviço público federal.
A portaria autoriza a publicação do edital em até seis meses, ou seja, a expectativa é que ele saia entre setembro e dezembro de 2025.
Além do ensino médio concluído, o candidato deve ter disponibilidade para trabalhar em diferentes municípios, possuir CNH válida (para algumas áreas) e atender aos critérios de idoneidade e aptidão física definidos no edital.
Cinthya Lopes
outubro 6, 2025 AT 21:34Ah, o glorioso IBGE, mestre das estatísticas e das burocracias infinitas.
Autoriza um concurso temporário como quem decide o sabor do sorvete no verão.
Eles anunciam 9.580 vagas de nível médio como se fosse a descoberta de uma nova constelação.
Mas quem realmente se beneficia são as corporações que alimentam o fôlego do Estado.
A FGV, com seu currículo digno de um laboratório de alquimia, foi escolhida por critérios que só os deuses da planilha compreendem.
É fascinante observar como o governo prefere contratos de 12 meses, prorrogáveis por até três anos, ao invés de investimentos duradouros.
Talvez a intenção seja preparar um exército de agentes de campo que se tornem poetas da coleta de dados.
E ainda tem a promessa de salários de até R$ 4.000, o que parece um prêmio Nobel da renda média.
Não podemos esquecer que a distribuição em 530 municípios transforma cada canto do Brasil em palco de drama administrativo.
Os supervisores de coleta e qualidade, esses guardiões da precisão, receberão 1.100 posições para garantir que nenhum número fuja do script.
É impressionante a velocidade com que o edital será publicado, como se o universo conspirasse contra a paciência humana.
E enquanto a burocracia se desenrola, as pequenas mercearias das cidades vão respirar alívio com os R$ 38 milhões injetados mensalmente.
Mas a real pergunta que ecoa nos corredores do poder é: quantas vezes estaremos presos à necessidade de dados temporários antes de investirmos em infraestrutura permanente?
Talvez o segredo esteja nas sombras da história, onde concursos anteriores foram apenas capítulos de um romance interminável.
Enfim, a esperança de que esses números se transformem em políticas reais ainda paira, como uma névoa sobre os campos de pesquisa.
Que a próxima fase do concurso não seja apenas mais um número, mas um passo rumo a um país mais bem mapeado.