Na manhã de 08 de outubro de 2025, o Flamengo realizou sua reapresentação no Ninho do Urubu, em Vargem Grande, zona oeste do Rio de Janeiro. O presidente Rodolfo Rodrigues de Almeida Landim, conhecido como Bap, esteve presente ao lado do técnico Filipe Luís Cunha e Silva Santos, de 39 anos, para apresentar os planos da diretoria. Nesse mesmo dia, a Libra Capital Partners teve suas alegações contestadas em reunião do Conselho Deliberativo, enquanto a ginasta Rebeca Andrade avançava nas negociações de patrocínio.
Com o elenco completo – nenhum jogador foi convocado para a Data‑Fifa – o treinamento foi dividido em grupos. O destaque ficou por conta de Wallace Yan Ferreira da Silva, zagueiro de 19 anos da base, que recebeu atenção especial da comissão técnica. Segundo o treinador, "Wallace tem a postura de um zagueiro experiente, apesar da idade".
Além do foco nas categorias de base, o clube já pensa nos próximos compromissos: Botafogo (12/10), Palmeiras (16/10), Racing (22/10 e 29/10) e Fortaleza (26/10). O calendário apertado eleva a pressão, sobretudo nos jogos de Libertadores, que podem definir a temporada.
Na Reunião do Conselho Deliberativo do FlamengoRio de Janeiro, Bap rebateu as alegações da Libra Capital sobre a divisão de receitas de televisão. O presidente afirmou textualmente: "Garanto que o clube não jogará sozinho e critico profundamente as narrativas tolas que têm circulado sobre a divisão de receitas de TV".
Para sustentar a defesa, o clube apresentou planilhas detalhadas que mostravam a participação de 55 % nas receitas de mídia, número significativamente superior ao apontado pelos analistas da Libra. Em contrapartida, Bap citou o empréstimo de R$ 150.000.000,00 concedido pela Crefisa Fomento Comercial S/A ao Vasco da Gama em 15 de março de 2024, como exemplo de práticas de mercado.
O jornalista Paulo Vinícius de Souza Coelho, conhecido como PVC, esclareceu em entrevista ao UOL News Esporte que "a briga não é Flamengo contra Palmeiras, mas sim quem controla os direitos comerciais e de transmissão". Essa visão desfaz a impressão de que o embate seria um clássico de rivalidade.
Enquanto o debate financeiro ecoava nos corredores da Gávea, o clube oficializou a assinatura de contrato profissional com Emanuel Silva, atacante de 17 anos do sub‑17. A cláusula de rescisão foi fixada em R$ 300.000.000,00, um valor recorde para um jogador ainda na categoria juvenil. Simultaneamente, o Flamengo rescindiu o contrato de um atleta do sub‑20, cujo nome não foi divulgado, para abrir espaço ao novo reforço.
A estratégia parece clara: apostar na formação própria e garantir, a longo prazo, ativos de alto valor de mercado.
Em outra frente de negociação, o departamento de marketing do clube recebeu sinal verde para um patrocínio envolvendo a ginasta olímpica Rebeca Andrade. O acordo prevê visita ao Ninho do Urubu em 15 de outubro de 2025, onde Rebeca participará de um treino conjunto com a equipe feminina de futebol, além de um evento social no Complexo da Maré em 18 de outubro.
O valor estimado do contrato é de R$ 8.500.000,00 por temporada, com vigência de três anos (2025/2026 a 2027/2028). O clube vê a parceria como forma de ampliar a presença feminina e atrair novas marcas, enquanto a atleta ganha visibilidade no cenário esportivo carioca.
A Nação Rubro‑Negra, representada por cerca de 2.400 torcedores presentes na reapresentação, manifestou insatisfação com as decisões administrativas recentes. O protesto, captado ao vivo pelo Globo Esporte RJ, incluiu cantos e bandeiras que exigiam maior transparência nas negociações financeiras.
Além da questão econômica, a justiça também continua a assombrar a diretoria. Em 07 de outubro, o juiz Arthur Eduardo Magalhães Ferreira, da 1ª Vara Cível da Barra da Tijuca, indeferiu ação que buscava rever a decisão que manteve o Sport Club do Recife como campeão brasileiro de 1987 – decisão que já transitou em julgado no STF em maio de 2024. O caso segue aberto desde 18 de janeiro de 2018.
Com esse pano de fundo, os próximos confrontos ganham ainda mais peso. O clássico contra Botafogo pode definir a moral da equipe antes da sequência de partidas internacionais.
Para o restante da temporada, o Flamengo deve equilibrar a disputa em duas frentes: consolidar a posição no Brasileirão e avançar na Libertadores. A diretoria promete continuar investindo na base, como ficou evidente com a contratação de Emanuel Silva, e buscar novos acordos de patrocínio que reforcem a marca rubro‑negra.
Enquanto isso, a disputa com a Libra Capital deve permanecer nos corredores administrativos, já que o clube tem mostrado disposição para defender seus números em público. A imprensa esportiva, por sua vez, acompanhará de perto o desenrolar das negociações com Rebeca Andrade, um movimento que pode abrir caminho para outras parcerias entre atletas olímpicos e clubes de futebol.
A controvérsia pode gerar incertezas sobre o futuro da receita de transmissão, que alimenta salários e contratações. Contudo, a diretoria já apresentou planilhas que indicam estabilidade, o que reduz o risco de cortes abruptos nas áreas de investimento.
Além do aporte financeiro de R$ 8,5 mi por temporada, a colaboração traz visibilidade à equipe feminina e reforça a imagem do Flamengo como marca que apoia o esporte olímpico. O engajamento também pode atrair novas empresas interessadas em associações de alto perfil.
Wallace Yan Ferreira da Silva, de 19 anos, reforça a zaga da base, enquanto Emanuel Silva, atacante de 17 anos, assinou contrato profissional com cláusula de rescisão de R$ 300 mi, indicando que o clube aposta fortemente na formação interna.
A sequência de partidas contra Botafogo, Palmeiras, Racing e Fortaleza coloca o time em uma maratona de alto nível. O clube precisa manter a consistência no Brasileirão enquanto busca avançar nas fases eliminatórias da Libertadores.
Com a ação envolvendo o título de 1987 ainda em pauta e disputas sobre direitos de transmissão, o clube pode enfrentar novos desafios legais. A diretoria tem mantido uma equipe jurídica ativa para mitigar possíveis impactos.
Bruno Maia Demasi
outubro 9, 2025 AT 02:56Ah, a própria Libra Capital tentando se reinventar como a nova Oráculo da mídia esportiva. Eles dizem que a divisão de TV está “desbalanceada”, mas, convenhamos, quem nunca manipulou números para um drama de quinta-feira? A planilha de 55 % apresentada pelo Bap parece mais um script de ficção científica. Enquanto isso, a torcida vibra como se fosse o último ato de um espetáculo de ilusionismo. No fim das contas, é só mais um cabo de guerra entre quem tem o microfone e quem tem a conta bancária. Se a história fosse um filme, já estaríamos na parte em que o vilão revela que tudo não passava de um jogo de xadrez.